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O que está escrito

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O amor é um jogo.

Certa vez me disseram que o amor é como um jogo. Pra mim isso não fazia, e ainda, acho, que não faz sentido. Pra mim o amor é uma coisa que deve acontecer naturalmente - o amor aqui envolvido é aquele que dói mesmo. Que muitos chamam paixão, também uso esse termo, mas quero ser mais abrangente e juntar o amor sério ou sólido, como queira, com a danada tresloucada da paixão e chama – los de amor simplesmente. Pois bem voltando ao chamado jogo; as explicações variam do porque chamá – lo de jogo.

Dizem que por conta da conquista, você precisa usar certos tipos de táticas, e assim surpreender o “adversário”. Se você for direto, por exemplo, e disser que está interessado, provavelmente, com a mesma velocidade levará um não, bem pronunciado, e este será inesquecível. Se demorar muito, vem outro e faz o que você não fez ou fala o que você não falou. E ai você perde essa jogada. É bem como no xadrez, você percebe as fraquezas do adversário e ali ataca. Os movimentos certos lhe garantem um xeque – mate.

Mas deveria realmente ser assim? É uma coisa complicada. Você pra se dar bem precisa fingir o que não sente. Deixar de falar o que realmente quer. Ou falar o que não falaria realmente pra não dar “bandeira”.

Talvez eu esteja errado em pensar assim, mas deveríamos ser libertos dessas indissiocrasias, dessa mesquinhez. Deveríamos sim ser bem sinceros quando realmente sentimos algo. Porque é muito chato. Você tem vontade de ligar pra ela, mas se ligar vai dar a entender o seu interesse e assim você pode levar um fora. Então só liga de vez em quando pra também não perder o contato. Daí depois disso tem que procurar uma brecha, um momento certo pra dizer o que sente, e talvez der certo, ou talvez tenha falado tarde demais ou ainda pode ser que você tenha pensado errado, porque está apaixonado e fala na hora errada e ela nunca tinha pensado como você e você se frustra e nunca mais quer saber disso! Mas depois, logo depois, aparece alguém que vai mudar sua vida, como a anterior, mas tem certa diferença, que a faz mais especial e aí acontece tudo de novo!

Porque não dizer simplesmente que gosta logo de cara? Porque o jogo? Se der errado e daí? Porque choramos? Que sensação tão forte é essa que nos faz parar de pensar em outras coisas e ficar imaginando, por exemplo, como seria se tivessem um cachorro e ela escolheria o nome, porque você daria o nome de um cantor em inglês que ninguém sabe falar, daí, você sugere um de um cantor brasileiro, mas ela odeia a banda dele, por isso o que ela decidir está bom. Você fica frustrado, mas ela é linda e está com você, um cara legal, mas sem muitas expectativas. Ou então você imagina fazendo um jantar romântico e acontece como nos filmes; sai tudo errado. Você queima as panelas, mas ela reconhece seu esforço e dá risadinhas carinhosas compreendendo que aquilo é uma demonstração gratuita de seu amor por ela e vocês ficarão a noite toda rindo e bebendo vinho defronte a uma lareira. (lareira?). E tudo isso são apenas pensamentos. Mas tão reais que você acredita, que precisa viver estes pensamentos, porque de outra forma você não seria feliz, mas depois entende que não é assim.

Porque temos medo de amar? Será mesmo que é medo de amar? Será medo de errar? E porque? Você não necessariamente morre de amor ou do que o acompanha. Você pode passar sem isso. Não, não pode e porque? Porque? É mais forte e você não se segura e aquela música faz você lembrar dela, e você fica triste porque deu errado. E você pensa em se animar, contar algo engraçado pra um amigo, mas só ela ia entender a piada. E de novo você fica triste. E você se pergunta pela milésima vez quando vai amar de verdade e descobre que já está amando de novo e tudo começa de novo; os telefonemas, encontros, o dizer que gosto-de-você, e o desculpa-gosta-da-sua-amizade-e-não-quero-estragar-isso. E quem disse que estragaria?

E porque não se arriscar e dizer que também pode pensar igual. Pra que fingir que não sente nada só pra ficar por cima e dizer que ele está na sua mão. Mas se fechar a mão esmaga, se abrir foge... o que fazer? Quem está certo? Quem joga primeiro? Quem dá o primeiro lance, e porque?

E quando der certo vai cumprir tudo o que prometeu? Amor independente das circunstancias, não ter ciúmes dos hobys do outro. Não se afastar nunca. Não esquecer os amigos. Nunca magoar. Nunca, nunca!! Será? Você vai estar preparado? Nunca, nunca!

Por mais que joguemos, e é assim que concluo que o amor nessas condições seja, nunca saberemos todas as regras. Sempre haverá novas regras ou meios de se burlar as antigas. Sempre vai haver discussões e você frustrado vai pensar que melhor era sua vida solteiro. E quando está solteiro sempre vai achar que é melhor estar com alguém e essa vontade te domina. Ou a saudade de ser solteiro te domina. E tudo acaba pra começar de novo. E as dúvidas nunca acabam; como é que joga esse jogo mesmo?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mulher e a Curiosidade

Já deve ter reparado que mulher é um ser curioso. Por algum motivo elas gostam de investigar as coisas ao seu redor. Elas vasculham sem medo o lixo do passado ou do presente de alguém só para satisfazer sua enorme curiosidade.

Elas são boas nisso, principalmente quando a fonte de sua curiosidade se trata da vida de um homem. Se elas querem saber algo deles, recorrem a pequenos truques que seduzem os bobos, e eles acabam dizendo ou revelando tudo o que elas querem e as vezes, até mais do que realmente elas queriam saber.

Não é de hoje, que pelo menos eu, percebo essa imensa curiosidade feminina. Sendo assim, confesso que isso não mais me surpreende. Porém, acabei de ser pego de surpresa. Uma mulher ficou curiosa sobre algo comentado por mim, aquelas coisas que falamos pela metade. Ela não sossegou enquanto eu não disse o que ela queria ouvir.

O que me deixou pensativo, e porque não dizer triste, é que os detalehes revelados a ela, foram prometidos não o serem pra ninguém. E eu não consegui guardar segredo. Cai vitima de artimanhas femininas para se conseguir satisfazer a curiosidade.

Ela prometeu não dizer nada, e fez isso com um jeitinho irrecusável. Daí cheguei ao ponto de dizer coisas, além do que ela esperava saber. Na hora, a sensação é boa; contar algo pra alguém e que talvez até mesmo eu quisesse realmente compartilhar, mas, eu tinha prometido!

Enfim, não estou aqui me arrependendo, ou lamentando. Estou apenas compartilhando meu sentimento, minimo diga – se, de derrota, de ter sido vencido por truques já conhecidos por mim desde a infancia. E por não ser a primeira vez, e mais, sei que não será a última.

Não vou aqui dissertar de onde vem essa infinita curiosidade. Porque de que coisas que são e do porque acontecerem; levaria anos. Essa é uma parcela do complexo universo que se centraliza no ser humano mais belo e curioso, e por mim muito admirado, a mulher. Por isso, deixa assim.